sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Paz Mundial




Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens. Lucas 2:14

Paz Mundial na Bíblia:

Isso tem a ver com a paz entre as nações na Terra. É algo que os reis e os governadores e políticos têm tentado realizar a milhares de anos, mas todos falharam. A Escritura nos diz que a paz mundial será estabelecida pelos julgamentos do Senhor em Sua Aparição. Ele diz: "havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça" (Is 26:9). Naquele tempo, o Senhor "faz cessar as guerras até ao fim da Terra" (Sl 46:9).


Muitos Cristãos acreditam que devem fazer o que podem para trazer a paz para o mundo neste presente Dia da Graça. Eles veem isso como seu dever Cristão. Por isso, eles se envolvem na política, apoiam o porte de armas, envolvem-se em protestar contra atos injustos na sociedade, etc. Esse pensamento equivocado tem suas origens na Teologia Reformada (Aliança), que ensina que o reino de Cristo será estabelecido por meio da pregação e da influência Cristã. Essas ideias têm influenciado em quase todos os setores da profissão Cristã hoje. No entanto, enquanto a Bíblia nos ensina que devemos procurar viver pacificamente entre os povos deste mundo (Rm 12:18; 1 Tm 2:1-2), ela não nos ensina a envolver-nos em seus assuntos políticos, porque somos meramente peregrinos passando por ele (1 Pe 2:11). 


A Bíblia nos assegura que, enquanto este mundo certamente será ordenado corretamente pela força nos julgamentos do Senhor, o Dia da Graça não é o momento para isso. O Senhor ensinou que, enquanto Ele fosse rejeitado por este mundo, seus seguidores não deveriam "lutar" em questões de justiça na sociedade (Jo 18:36; Ap 13:10; Mt 26:52). É uma causa perdida porque as Escrituras ensinam que o mundo continuará piorando, moral e espiritualmente, até que o Senhor intervenha no julgamento (2 Tm 3:13). Portanto, devemos aguardar Ele ordenar o mundo por meio do julgamento que fará na Sua Aparição (At 17:31; 2 Ts1:7-9; Ap 11:15). Naquele tempo, Ele trará "paz ao povo" de todo este mundo (Sl 72:3).

Trecho extraído do livro Definições Doutrinais de Bruce Anstey

domingo, 30 de setembro de 2018

A Graça basta



E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 2 Coríntios 12:9


Na última semana alguns acontecimentos moveram intensamente meus instintos femininos, meus desejos de mulher, ou de pelo menos a maioria delas, de me casar e, mais que isso, ter filhos. Não sou solteirona convicta, não tenho nenhuma repulsa por homens, não sou feminista. Sou uma mulherzinha das mais tradicionais, bela, recatada e do lar? Talvez. Se assim estou sem um ‘príncipe encantado’ ao meu lado, é porque Deus não encontrou o melhor momento para me apresentá-lo.

Estava eu, como disse, na semana, perturbada com alguns temas, até que hoje, li algo que uma amiga muito querida escreveu, e chorei. Lágrimas brotaram dos meus olhos e um louvor a Cristo brotou no meu coração. O consolo que a Palavra de Deus trouxe para a Nina estava naquele momento sendo repassado para mim: A minha graça te basta!

Nina, ganhou de presente este ano – aos 46 anos de idade - seu quarto filho, Ana Flora ou simplesmente Florinha. Ah, e como me emocionou ler em seu blog o seu desespero por se sentir velha para uma gestação! E como é comum nós mulheres termos mais medo do nosso estado biológico que fé no poder de Deus nas nossas vidas! Nina se assustou com a gestação tardia, pois já tinha 3 filhos. Há outras que temem não conseguir mais uma gestação devido à idade estar avançando. Nos dois casos a graça infinita do Senhor basta! A Bíblia relata o sofrimento de várias mulheres que queriam imensamente ser mães e não conseguiam, algumas fizeram escolhas erradas por não saberem esperar, mas a graça de Deus alcançou cada uma delas. Sara, Ana, Raquel, para citar algumas.

Quis escrever devido a alegria que senti após ler o post A Beleza do Filhos da minha irmãzinha em Cristo, Nina, que Deus colocou no meu caminho há 4 anos, mesmo morando tão distante, lá na Alemanha. Temos muito em comum, e agora tenho certeza que a cada ano que se passar até que Deus me abençoe e eu possa enfim saber desta experiência que ela relatou tão lindamente, eu vou me lembrar do seu milagre e que as minhas fraquezas são a oportunidade para que em mim habite o poder de Cristo. 



sábado, 22 de setembro de 2018

Eu acho é pouco


Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o divórcio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais. Malaquias 2:17

Certa vez, almoçando com duas amigas, uma delas contou sobre os apuros que uma moça sua vizinha passava com o marido usuário de drogas e muito violento. Segundo ela, a família do rapaz que também morava próximo era muito condescendente, não intervinha em defesa da mulher que sofria violência junto com o filho do casal. 

Realmente é muito complicado opinar a esse respeito, minha posição mais lúcida era que a internação do rapaz seria a melhor saída para evitar uma tragédia maior. Tratamento médico para seu vício e medicação para acalmar seu temperamento, do ponto de vista humano seria uma alternativa. A outra amiga, porém, defendeu a separação, o divórcio; a mulher não precisava se submeter a ignorância e violência do marido.

Confesso que neste ponto da conversa um profundo incômodo brotou dentro de mim. Não me recordo exatamente as palavras que usei, mas comentei algo tipo: ainda bem que Deus não desiste de nós com a mesma facilidade com que desistimos uns dos outros. Deus odeia o divórcio (Mal. 2:16), a amiga que estava contando o caso lembrou, por sua vez, que o divórcio é biblicamente permitido em caso de infidelidade e mais uma vez a que defendia a separação disse: “mas eu acho que as pessoas não precisam viver juntas se estão infelizes”.

Sinceramente eu também acho. Eu acho que é melhor largar um marido violento a manter um casamento infeliz, eu acho que a infidelidade é um desaforo dos piores, eu acho que se duas pessoas não estão contentes com a união é melhor desistir, eu acho que poupa esforço, poupa a vizinhança de cenas deprimentes, poupa fadiga. Eu acho. Mas eu acho é pouco. Graças a Deus, não estamos à deriva neste mundo a mercê de nossos achismos, nossas opiniões fundamentadas no humor do dia, nas ideologias feministas, machistas, homossexuais ou homofóbicas, religiosas ou ateístas.

Eu não tenho que achar nada, ou até posso achar, mas como cristã que sou, creio que a minha opinião não importa quando ela for contrária ao que Deus nos revelou em sua Palavra, a Bíblia. Deus é grandioso e misericordioso, sacrificou seu filho Jesus Cristo para nos salvar da terrível consequência do pecado que herdamos da velha natureza da carne, pecado que habita no bebê desde o ventre materno até seu último dia de vida nesta terra. O homem já nasce condenado por sua natureza e tem a graça da salvação feita na cruz à sua disposição para livrá-lo da fatal sentença de morte. Tudo que o ser humano precisa fazer é crer.

E tendo um Deus que perdoa indistintamente o mais vil bandido e o mais decente dos homens - segundo os padrões humanos - que se converteram, apesar de toda nossa rebeldia, infidelidade, deslealdade e desprezo contra Sua criação, Sua Obra, Sua Palavra e Seu Filho Jesus. Se Ele, apesar de tudo não desiste de nós, nos dá provisão, sustento, graças infinitas e sabedoria, nos enche com o poder do Seu Espírito Santo, quem somos nós para repudiar um cônjunge por tão pouco? Sim, pois olhando por esta perspectiva espiritual, por pior que seja a situação, é pouco diante de todas as bênçãos celestiais que Deus nos deu e gozaremos em Cristo Jesus.

Não apoio que a moça, do caso inicial, deva se submeter a violência do marido, mas separar-se resolve o que? Ela foge do problema, se poupa das agressões, sim, mas deixa seu esposo, com quem ela se casou por escolha, doente, viciado, refém de seu próprio temperamento e talvez até queira se vingar do repúdio e aí tanto faz ela se manter casada ou não, ele pode matá-la. É um risco que não se resolve com a separação. Não sou casada, então aqui vai um achismo, um casamento falido não é responsabilidade de uma pessoa só. A culpa por algo errado até pode ser de uma só, mas a decisão do que será feito com a relação é conjunta. A parte inocente pode até ganhar apoio do mundo se largar mão da relação contra a parte culpada, mas aos olhos de Deus como fica?

Termino com uma pergunta, justamente por não pretender ter ou dar respostas em meu nome; o que também é contrário à palavra. Mas vou linkar aqui uns textos muito edificantes que li, escritos por irmãos em Cristo:

O vínculo matrimonial - G. H. Hayhoe

Pureza no divórcio - W. Kelly

Casamento nos dias de hoje - W J Prost 

Matrimônio e Liberdade Cristã - Bruce Anstey


segunda-feira, 9 de julho de 2018

Aborto - Parte 3 (Direito da Criança)



Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; 
e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade. Efésios 1:3,5

Última parte do relato de Rebecca Kiessiling. Se você não leu o texto anterior, leia aqui:

Para aqueles de vocês que diriam: "Bem, eu não acredito em Deus e não acredito na Bíblia, então sou pró-escolha", por favor, leia o ensaio "O Direito da Criança Não Nascida ser injustamente morta - uma filosofia de abordagem de direitos"Trechos:

Silogismo: 

Primeira premissa: Toda pessoa tem o direito de não ser injustamente morta.
Segunda premissa: Todo feto é uma pessoa.
Conclusão: Todo feto tem o direito de não ser injustamente morto.

Decisão Arbitrária:

Judith Jarvis Thompson, em seu renomado ensaio “Uma Defesa do Aborto”, começa por aconselhar contra o uso do que ela rotula de “argumento escorregadio” que diz que desde o momento da concepção, o feto é um ser humano e uma pessoa porque o desenvolvimento humano é contínuo e o desenho de linha seria arbitrário. Ela acha que é um argumento escorregadio porque teme que alguns digam que a linha deve ser traçada antes da concepção e também porque ela acredita que mesmo após a concepção, é questionável se o feto é um ser humano.

No entanto, se Thompson e outros se recusarem a traçar a linha que começa na concepção, eles podem não desenhá-la até o nascimento, ou mesmo algum tempo após o nascimento da criança. O perigo não está no raciocínio, mas na tomada de decisão irracional e arbitrária simplesmente por um desejo de conveniência. Onde Thompson e outros estariam dispostos a traçar o limite? O desenvolvimento humano é sempre contínuo. Quando não seria contínuo? Sem o desenho de linhas, pode-se arbitrariamente tirar uma vida, não deixando ninguém a salvo de um assassinato caprichoso. Em outras palavras, não decidir é decidir.

O famoso violinista inconsciente

Thompson utiliza uma situação hipotética bizarra para sugerir que o direito de decidir o que fazer com seu corpo supera o “direito à vida”: Você é solicitado a se imaginar acordando em uma cama de hospital e encontrando um “famoso violinista inconsciente” preso em suas costas por um plug porque seus rins estão falhando e você é a única pessoa no mundo cujos rins correspondem ao dele. A você é dito que se você desligá-lo, ele vai morrer. Ele precisa de você por apenas nove meses, após o que ele pode ser desconectado com segurança. 


Estupro 


No caso do violinista de Thompson, o doador de rim não é voluntário - ele ou ela foi sequestrado. Assim, a autora fez sua ilustração análoga a uma gravidez de concepção de estupro. Ao abordar nossa questão nos limites da gravidez causada por estupro, eu concordo com Thompson quando ela diz: “Certamente a questão de se você tem direito à vida, ou o quanto você tem, não deve se voltar para a questão se você é ou não o produto de um estupro". Essa afirmação é verdadeira por algumas razões. Primeiro de tudo, um ataque de retaliação, seja em autodefesa ou como punição, deve ser contra um vitimizador. No esboço bizarro de Thompson, o sequestrador de rins é o vitimizador - não o violinista e, em uma agressão sexual, o estuprador é o vitimizador - não o feto. O feto não causou o dano, que foi o estupro e não a gravidez. 


Qualquer tentativa de declarar o direito à vida da criança não nascida inocente como suspensa por causa do estupro é tragicamente mal direcionada. Vá punir o violador culpado, mas deixe o inocente filho por nascer sozinho. Além disso, em muitos estados, quando os direitos do violado terminam, a criança pode ser recolhida pelo Estado.


Defesa pessoal

O direito de autodefesa deriva do direito de uma pessoa decidir o que pode acontecer em seu próprio corpo. No entanto, o direito de autodefesa se limita a medidas razoavelmente necessárias para evitar um dano, e se limita ao uso de uma quantidade de força similar à utilizada pelo agressor. O uso de força letal é moral e legalmente inadmissível quando alguém não é ameaçado de morte ou de lesões corporais graves. Usar força letal seria injusto porque, quando equilibrado, o direito à vida, bem como o direito de estar livre de lesões corporais graves, é mais valioso do que o direito de estar livre de lesões corporais menores. Por exemplo, uma vida humana vale mais do que um interesse em estar livre de um puxão na barriga. Assim, uma mulher grávida não pode abortar quando não há perigo para sua vida ou ameaça de grandes lesões corporais. A força letal é inadmissível apenas para impedir um ataque que não ameaça a vida, se o ataque é inocente ou intencional, e mesmo quando pode muito bem causar dor, tremenda inconveniência e até dificuldades monetárias.

Porto Seguro 

Na lei de danos pessoais, temos a “doutrina da necessidade” de longa data. Essa doutrina permite, por exemplo, que um barco em uma tempestade atraque no “porto seguro” de outra pessoa. (...). O raciocínio aqui faz sentido: as vidas daqueles a bordo são mais valorizadas do que o direito do dono da doca de ter sua propriedade livre de intrusão. Esse direito, juntamente com qualquer inconveniente que o proprietário da doca sofre (mesmo na medida em que o cais privado é assim destruído) é subsidiário do direito à vida em risco aqui. Isto permanece verdadeiro mesmo se aqueles a bordo do barco estivessem em tal apuro porque tinham sido incrivelmente irresponsáveis ​​em acabar na água em uma tempestade traiçoeira. Da mesma forma, um feto não pode nunca ser considerado irresponsável em qualquer capacidade para acabar em uma posição tão vulnerável e deve, portanto, ser concedido pelo menos a mesma consideração e deve ter o direito à vida. 

Inocente e necessário 

Como vimos, se você deixar seu porto aberto, um barco inocente - por necessidade - ainda pode ser atracado em seu “porto seguro” sob a “doutrina da necessidade”. Novamente, isso não é porque o barco foi construtivamente convidado para o seu porto, mas apenas porque precisa e é capaz de atracar lá. O mesmo raciocínio se aplica prontamente a uma gravidez não planejada. O feto tem o direito de não ser injustamente morto, não porquê o feto tenha sido necessariamente convidado construtivamente para o ventre da mãe, mas apenas porque o feto necessita e pode ser acolhido lá.

 Leia o ensaio completo em Inglês clicando aqui


Textos traduzidos e adaptados do site http://www.rebeccakiessling.com

Aborto - Parte 1



Pois tu formaste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. (...) Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
Salmos 139:13,16



Lendo tantas pessoas discutindo em redes sociais suas opiniões sobre o aborto, achei útil compartilhar um relato que muito me impressionou de Rebecca Kiessiling fruto de um estupro e contra o aborto:


Fui adotada quase desde o nascimento. Aos 18 anos, soube que fui concebida num violento estupro por um estuprador em série. Como a maioria das pessoas, eu nunca considerei que o aborto se aplicava à minha vida, mas uma vez que recebi essa informação, de repente percebi que isso não se aplica apenas à minha vida, mas tem a ver com minha própria existência. Era como se eu pudesse ouvir os ecos de todas aquelas pessoas que, com o mais simpático dos tons, diriam: “Bem, exceto em casos de estupro...", Ou que preferem fervorosamente exclamar em desgosto: "Especialmente nos casos de estupro!" Todas essas pessoas estão lá fora e nem sequer me conhecem, mas estão julgando a minha vida, tão rápidos em descartá-la por causa da forma como eu fui concebida. Eu senti que agora teria que justificar minha própria existência, que teria que provar para o mundo que não deveria ter sido abortada e que era digna de viver. 

Também me lembro de me sentir um lixo por causa de pessoas que diziam que minha vida era como lixo - que eu era descartável. Por favor, entenda que sempre que você se identifica como sendo "pró-escolha", ou sempre que você faz essa exceção para os casos de estupro, o que realmente significa é que se você ficar diante de mim, vai olhar nos meus olhos e me dizer "Eu acho que sua mãe deveria ter sido capaz de abortar você". Essa é uma declaração muito poderosa. Eu nunca diria algo assim para alguém. Eu nunca diria a alguém: "Se fosse do meu jeito, você estaria morto agora". Mas essa é a realidade com a qual eu vivo. Eu desafio qualquer um a descrever para mim que não é assim.


Não é como se as pessoas dissessem: “Oh, bem, sou pró-escolha, exceto por aquela pequena janela de oportunidade em 1968/69, para que você, Rebecca, pudesse ter nascido”. Não - essa é a realidade implacável dessa posição, e posso dizer que dói e é mesquinho. Mas sei que a maioria das pessoas não enfrenta esse problema. Para eles, é apenas um conceito - um clichê rápido, e eles o arrastam para debaixo do tapete e esquecem. Espero que, como criança de estupro, eu possa ajudar a colocar um rosto, uma voz e uma história para essa questão. 


Eu sempre experimentei aqueles que me confrontaram e tentaram me dispensar com gracejos rápidos como: “Oh, bem, você teve sorte!” Tenha certeza de que minha sobrevivência não tem nada a ver com sorte. O fato de que eu estou viva hoje tem a ver com escolhas que foram feitas pela nossa sociedade em geral, pessoas que lutaram para garantir que o aborto fosse ilegal em Michigan na época - mesmo em casos de estupro, pessoas que lutaram para proteger minha vida, e pessoas que votaram pró-vida. Eu não tive sorte. Eu fui protegida. E você realmente racionalizaria que nossos irmãos e irmãs que estão sendo abortados todos os dias são apenas de algum modo“desafortunados”? 


Embora minha mãe biológica tenha ficado feliz em me conhecer, ela me disse que na verdade foi a dois "abortistas" de beco e eu quase fui abortada. Depois do estupro, a polícia encaminhou-a a um conselheiro que basicamente lhe disse que o aborto era o que devia fazer. Ela disse que não havia centros de gravidez de risco na época, mas minha mãe biológica me garantiu que, se houvesse, ela teria ido, pelo menos, para um pouco mais de orientação. O conselheiro foi quem a colocou diante dos abortistas de beco. A primeira vista ela, disse, viu as típicas condições de beco que você ouve como justificativa de por que “ela deveria ter sido capaz de abortar com segurança e legalmente” eu - sangue e sujeira por toda a mesa e no chão. Aquelas condições e o fato de ser ilegal a fizeram recuar, como a maioria das mulheres. Então ela se envolveu com um abortista mais caro. Desta vez ela ia conhecer alguém à noite pelo Instituto de Artes de Detroit. Alguém se aproximaria dela, diria o seu nome, a vendaria, e a colocaria no banco de trás de um carro, a levaria e me abortaria..., então a vendaria novavamente e a deixaria caída.


E você sabe o que eu acho tão patético? É que eu sei que há uma enorme quantidade de pessoas que me ouviriam descrever essas condições e sua resposta seria apenas uma sacudida da cabeça em desgosto: “É tão horrível que sua mãe biológica devesse ter passado por isso para poder abortar você!” Como isso é compassivo? Eu compreendo perfeitamente que eles pensam que estão sendo compassivos, mas isso é muito frio do meu ponto de vista, você não acha? Essa é a minha vida da qual eles estão tão insensivelmente falando e não há nada compassivo sobre essa posição. Minha mãe biológica estaria bem - sua vida continuaria e, de fato, ela estaria ótima, mas eu teria sido morta, minha vida teria terminado. Eu posso não parecer a mesma que eu era quando eu tinha quatro anos ou quatro dias ainda um feto no ventre de minha mãe, mas isso ainda era inegavelmente eu e eu teria sido morta através de um aborto brutal.

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Aborto - Parte 2 (Vítima de Estupro)




"Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos". Gálatas 4:5-5

Continuação do relato de Rebecca Kiessiling. Se você não leu o texto anterior, clique aqui:


Eu gostaria de poder dizer que minha mãe biológica estava com a maioria das vítimas*, e que ela não queria me abortar, mas ela estava convencida do contrário. No entanto, a disposição desagradável e o beco sujo do segundo abortista, juntamente com o medo de sua própria segurança, fizeram com que ela recuasse. Quando ela lhe disse por telefone que não estava interessada nesse arranjo arriscado, esse médico abortista a insultou e a chamou por nomes [de baixo calão]. Para sua surpresa, ele ligou novamente no dia seguinte para tentar convencê-la a me abortar mais uma vez, e novamente ela recusou e foi insultada. E foi assim, depois disso, ela simplesmente não conseguiu mais abortar. Minha mãe biológica estava entrando no segundo trimestre da gravidez, muito mais perigoso e muito mais caro para abortar.

Eu sou tão grata que minha vida foi poupada, mas muitos cristãos bem intencionados diriam coisas para mim como: "Bem, veja você, Deus realmente quis que você estivesse aqui!" Ou outros podem dizer: "Você deveria estar aqui.” Mas sei que Deus quer que toda criança que ainda não nasceu tenha a mesma oportunidade de nascer, e não posso me sentar contente dizendo:“ Bem, pelo menos minha vida foi poupada ”. Ou "eu mereci. Veja o que fiz com a minha vida." E milhões de outras pessoas não o fizeram? Eu não posso fazer isso. Você pode? Você pode simplesmente sentar-se e dizer: “Pelo menos eu fui querida. . . pelo menos eu estou viva" ou seja o que for! Esse é realmente o tipo de pessoa que você quer ser? Coração frio? Uma fachada de compaixão no exterior, mas fria como pedra e desocupada por dentro? Você afirma se importar com as mulheres, mas não se importava comigo, porque eu sou um lembrete de algo que você prefere não encarar e que você odiaria que outras pessoas considerassem? Eu não me encaixo na sua agenda? 


Na faculdade de direito, eu também tinha colegas de classe dizendo coisas para mim como: “Oh bem! Se você tivesse sido abortada, você não estaria aqui hoje, e você não saberia a diferença de qualquer maneira, então o que isso importa?" Acredite ou não, alguns dos principais filósofos pró-aborto usam esse mesmo tipo de argumento: "O feto nunca sabe o que o atinge, então dessa forma não existe feto para perder a vida." Então, eu acho que enquanto você esfaquear alguém nas costas enquanto ele está dormindo, então tudo bem, porque ele não sabe o que o acerta? Eu explicaria aos meus colegas de classe como a mesma lógica deles justificaria que "se eu o matasse hoje, você não estaria aqui amanhã, e não saberia a diferença de qualquer maneira, então o que isso importa?” E eles apenas permaneceriam lá com seus queixos caídos. 


Como o velho ditado: "Se uma árvore cai na floresta e ninguém está por perto para ouvi-la, faz barulho?" E se um bebê é abortado e ninguém mais está por perto para saber sobre isso, isso importa? A resposta é sim! Suas vidas são importantes. Minha vida é importante. Sua vida é importante e não deixe ninguém te dizer o contrário! O mundo é um lugar diferente porque era ilegal a minha mãe biológica me abortar naquela época. Sua vida é diferente porque ela não podia me abortar legalmente porque você está sentado aqui lendo minhas palavras hoje! Mas você não precisa impactar o público para que sua vida seja importante. Há algo que todos nós estamos perdendo aqui hoje por causa das gerações que agora foram abortadas e isso importa.

Uma das maiores coisas que aprendi é que o estuprador NÃO é meu criador, como algumas pessoas querem que eu acredite. Meu valor e identidade não são estabelecidos como um “produto de estupro”, mas como uma filha de Deus. O Salmo 68: 5,6 declara: "Pai para o órfão. . . é Deus em sua morada santa". Deus coloca os solitários em famílias. E o Salmo 27:10 nos diz: "Embora meu pai e minha mãe me abandonem, o Senhor me receberá". Eu sei que não há estigma em ser adotado. Nos é dito no Novo Testamento que é no espírito de adoção que somos chamados a ser filhos de Deus através de Cristo, nosso Senhor. Então ele deve ter pensado muito em adoção para usar isso como uma imagem do seu amor por nós! 

Mais importante ainda, aprendi e poderei ensinar meus filhos e ensinar aos outros que seu valor não se baseia nas circunstâncias de sua concepção, seus pais, seus irmãos, sua companheira, sua casa, suas roupas, sua aparência, seu QI, suas notas, sua pontuação, seu dinheiro, sua ocupação, seus sucessos ou fracassos, ou suas habilidades ou deficiências - essas são as mentiras que são perpetuadas em nossa sociedade. 
A verdade é que você não precisa provar o seu valor para ninguém, e se você realmente quer saber qual é o seu valor, tudo o que você precisa fazer é olhar para a cruz - porque esse é o preço que foi pago por sua vida! Esse é o valor infinito que Deus colocou em sua vida! Ele acha que você é muito valioso, e eu também. Você não se juntará a mim para afirmar o valor dos outros também, na palavra e na ação? 

*De acordo com a pesquisa do Dr. David Reardon, diretor do Instituto Elliot a maioria das mulheres que engravidam de agressões sexuais não querem um aborto e, na verdade, ficam piores depois de um aborto.

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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Presença de Deus


"Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença, e sê perfeito". Genêsis 17: 1. 

"Anda em minha presença." Isto é verdadeiro poder. Andar assim implica não termos nada perante os nossos corações salvo Deus. Se a minha expectativa for baseada nos homens e nas coisas não estarei andando perante Deus, mas antes perante os homens e as coisas. É da máxima importância saber quem ou o que tenho perante mim como objetivo. Em quem confio? - Em quem ou no que descanso, neste momento? Deus enche inteiramente o meu futuro? Os homens e as circunstâncias têm alguma coisa a ver com isso? Há algum lugar para a criatura?

O único meio de nos elevarmos acima do mundo é andarmos por fé, porque a fé enche o ambiente de tal modo com Deus, que não há lugar para a criatura — nem para o mundo. Se Deus enche o meu raio de visão, eu nada mais posso ver; e então posso dizer com o salmista: "Ó minha alma, espera somente em Deus, porque d'Ele vem a minha esperança. Só Ele é minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado"(Sl 62:5-6). Esta palavra "só" é profundamente penetrante. A natureza não pode dizer isto. Não é que ela, sob a influência do ceticismo atrevido e blasfemo, ponha Deus completamente de lado; mas, indubitavelmente, não pode dizer, "só Ele". É bom vermos que, como no caso da salvação, e em todos os pormenores da vida presente, dia a dia, Deus não compartilhará a Sua glória com a criatura. Desde o princípio até ao fim tem de ser "só Ele"; e isto, também, em realidade.

De nada servirá termos a palavra dependência de Deus nos nossos lábios, enquanto os nossos corações estão realmente confiando em qualquer recurso da criatura. Deus mostrará isto plenamente; Ele examinará o coração; passará a fé pelo fogo. "Anda em minha presença e sê perfeito." Chegamos assim ao ponto principal. Quando a alma pode, por graça, libertar-se de todas as expectativas queridas da natureza, então, e só então, está preparada para deixar Deus agir; e quando Ele atua tudo deve estar bem. Deus não deixará nada por fazer. Ele fará tudo em favor daqueles que põem simplesmente a sua confiança n'Ele. Quando a sabedoria infalível, o poder onipotente, e o amor infinito se combinam, o coração confiado pode gozar de descanso calmo. A não ser que achemos qualquer circunstância grande ou pequena demais para "o Deus Todo-Poderoso" não temos fundamento próprio para um pensamento ansioso sequer.

Isto é uma verdade maravilhosa, eminentemente calculada para pôr todos aqueles que acreditam nela na mesma presença bendita em que encontramos Abraão neste capítulo. Quando Deus lhe havia dito, com efeito, "deixa tudo Comigo, e Eu arrumarei tudo por ti, muito para além dos teus desejos e da tua esperança — a semente e a herança, e tudo que lhes pertence de direito, serão eternamente estabelecidas, segundo o concerto com o Deus Altíssimo —, "Então caiu Abraão sobre o seu rosto". Na verdade, bem-aventurada atitude! A única própria para um pecador inteiramente vazio, fraco e inútil, poder ocupar na presença do Deus vivo, o Criador dos céus e da terra, Possuidor de todas as coisas — "o Deus Onipotente". "E falou Deus com ele." É quando o homem está por terra que Deus pode falar com ele em graça. A atitude de Abraão aqui é a expressão bela de inteira prostração na presença de Deus, no sentido de inteira fraqueza e nulidade. E tal humilhação, note-se, é segura precursora da revelação do Próprio Deus.

É quando a criatura se humilha que Deus pode mostrar-Se no esplendor puro do que Ele é. Ele não dará a Sua glória a outrem: pode manifestar-Se e permitir que o homem adore em face dessa revelação; porém, até que o pecador tome o seu próprio lugar não pode haver revelação do caráter divino. Como é diferente a atitude de Abraão neste capítulo daquela que tomou no capítulo precedente! Ali ele tinha a natureza perante si; aqui tem o Deus Todo-Poderoso. Naquele ele era um ator; neste é adorador. Antes ele deixara-se levar pelo plano de Sara; agora entrega-se a si, e as suas circunstâncias, o seu presente e o seu futuro, nas mãos de Deus, e deixa que Deus atue nele, por ele, e por seu intermédio. Por isso, Deus pode dizer, "farei...", "estabelecerei...", "darei". Numa palavra, é tudo Deus e os Seus desígnios; e isto é descanso verdadeiro para o coração que conhece alguma coisa de si próprio.

Autor: C. H. Mackintosh, extraído dos estudos sobre o livro de Gênesis.

sábado, 2 de junho de 2018

Solidão


"Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só" (...). Gênesis 2:18

Uma mensagem para todo aquele que se sente só! Ouça aqui!