domingo, 7 de junho de 2020

Linguagem do Amor

Photo by Tomer Dahari
Costumo tomar um pouco de cuidado com literaturas seculares, e muito mais com literaturas dito cristãs ou escritas por cristãos com títulos clericais, sejam padres, pastores ou afins. As últimas podem ser muito mais perigosas que as primeiras, pois as seculares, basta saber que o objetivo é puramente mundano e já dá para se prevenir de algumas coisas, já as ditas cristãs podem ser muito maliciosas. Mas se filtrar direito, existem obras muito boas, despretensiosas que não ferem princípios fundamentais da doutrina cristã, e ainda trazem bons frutos.

Há dois anos li um livro que falava sobre linguagem do amor. Cinco formas básicas pelas quais as pessoas se sentem amadas. Não é nenhum grande tratado científico, o autor tirou suas conclusões observando o comportamento humano, e sua teoria faz muito sentido e os resultados quando paramos para falar a linguagem do outro é bem real.

O esforço para se expressar de modo que o próximo se sinta amado é bem bonito de se considerar. É desafiador, e de certa forma reflete o “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Como a ti mesmo não quer dizer da mesma forma, ou com a mesma linguagem que você se sente amado. O amor não é um sentimento, é uma atitude. É um propósito firmado com o próximo, ele correspondendo ou não. E sendo uma atitude, é muito interessante contar com a ajuda da teoria e dicas do autor do livro que citei. 



"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz." 

Salmos 19:1-3 


Assim como diz o Salmo 19 “Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz”, mesmo essa forma de expressar e sentir o amor, pertence a fórmula com que Deus criou cada um de nós, alguns mais sensíveis ao toque, outros mais suscetíveis a palavras afirmativas, outros mais voltados a atos de serviços, muitos se encantam com presentes, e outros, como eu, curtem um bom tempo de qualidade com quem se ama! Todas as combinações possíveis de um DNA formado pela matéria prima de Deus.

Não me parece um grande esforço de aperfeiçoamento do homem, uma auto ajuda, é uma ajuda sim, mas voltada para o próximo, pois é de muito pouco proveito sabermos apenas qual é nossa própria linguagem. Ajuda a entender por que reagimos tão mal quando a pessoa usou uma abordagem errada para expressar seu amor, mas não nos faz sentir mais ou menos amados. No entanto, abre um leque enorme de possibilidades de tocar o coração do outro, e fazê-lo olhar para o lado bom da vida, esse sopro de vida divina que nos faz respirar e nosso coração pulsar! Abre caminho para tentar trazer de volta o desejo de permanecer aqui para quem anda desistindo da vida, por não saber conviver com a dor, ou esteja perdido na Babel das linguagens sem saber expressar amor e sentir-se amado.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

1 Coríntios 13:4-7


Escrevi mais sobre o livro no post Linguagens do Amor - As Cinco Linguagens

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