domingo, 13 de abril de 2014

Esta é para casar






Essa é para casar!

Algumas vezes ouvi esta frase a meu respeito, das mais variadas pessoas, colegas, professoras, mães de amigos. Na época me sentia lisonjeada, contudo, não é privilégio meu; todas nós, mulheres, fomos feitas para casar!

E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.

Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. (Gen 2:18-24)


Por mais fora de moda que este conceito esteja ainda repouso sob a ideia de que este é o plano original de Deus para os viventes. Adão e Eva foi o primeiro casal descrito na Palavra de Deus, e precursores de toda a geração terrena. O plano foi definido antes de o pecado entrar no mundo, e Deus não muda de ideia quando erramos, os propósitos de Deus são imutáveis.

Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? (Num 23:19)

Embora não seja privilégio meu ser uma mulher para casar, ainda é bom ser considerada pelas pessoas como tal. Embora falar mal ou desmerecer o casamento atualmente seja natural, o que de fato o é parece muito estranho! Mesmo assim ouso dizer que no fundo mesmo estas mulheres que se dizem avessas à ideia, sentem aquela alegria no coração quando veem um casal feliz, que demonstra o quanto se amam, e o quanto um está pelo outro.

Conheço alguns casais que vivem muito bem casados, sendo que este "muito bem" não quer dizer que não tenham problemas, brigas, tristezas. Isso nunca foi prometido, vida sem aflições, ao contrário, foi-nos dito tudo isto e o único conselho foi: tende bom ânimo! (Mt 14:27). E é assim, na fé que sustenta esse bom ânimo que estes casais vivem felizes, dentro do propósito de Deus. Não falo aqui de meras formalidades civis apenas, pois esta sem fé vale tanto quanto a fé sem as formalidades legais.

Existe um trecho bíblico muito famoso em cerimônias de casamento que está em Marcos, capítulo 10, versos 6 a 9: Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Justamente por estar tão à mostra, esta passagem perdeu sua importância no mundo, no entanto é tão solene. No princípio o “legal” da passagem para as donzelas do século XIX era o deixar pai e mãe. Hoje, quando não são os próprios pais quem deixam os filhos, já está bem mais fácil fazê-lo sem precisar casar. A parte que diz que o que Deus ajuntou não o separe o homem - este homem era tido sempre como uma terceira pessoa da relação, no caso um adultério. Mas isso compete ao casal, independente da existência de outra pessoa. 

Outra vez me disseram que entendiam por “uma só carne” a relação sexual apenas. Mesmo assim ainda estaria um tanto quanto resguardada a pureza da solenidade. Então trataram o mais depressa de banalizar o sexo.

Na ordem dos acontecimentos, veio o descrédito para a expressão Deus os fez macho e fêmea. E assim toda a Palavra de Deus foi torcida para que racionalmente não alcançássemos a ideia do que é ser uma só carne com outra pessoa, dentro do que na Palavra de Deus isto representa:


Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.

Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido. (Ef 5:31-33)



No Antigo Testamento, tem uma história que terminaria triste se a moça em questão não quisesse casar. Abraão já estava avançado em idade e tinha um filho chamado Isaque, que seria seu único herdeiro. Então, como nos planos de Deus, achou por bem que como homem, não seria bom ele estar só, e pediu ao seu servo que fosse buscar uma noiva para seu filho. Abraão tinha diversos motivos para enviar seu servo para um determinado lugar em busca de uma noiva, mas uma coisa me chamou atenção quanto a boa vontade da moça em relação a este chamado.

E disse-lhe o servo: Se porventura não quiser me seguir a mulher a esta terra, farei, pois, tornar o teu filho à terra donde saíste?

E Abraão lhe disse: Guarda-te, que não faças lá tornar o meu filho. (Gen. 24:5-6)

Se a mulher, porém, não quiser te seguir, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho. (Gen. 24:8)



Há benção em permanecer em obediência aos planos de Deus, chegará um tempo em que isto não será necessário, mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento(Lc 20:35)  Logo, tenhamos boa vontade, e sejamos sensatas e andemos com nossas lamparinas repletas com azeite, para quando o noivo chegar, sairmos junto dele, sem correr o risco de ficar para trás da porta a chamar: Senhor! Senhor! Abra para nós!


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