Tenho um gato cego chamado
Pirulito. Ele nasceu enxergando, mas aos poucos foi perdendo a visão. Certo dia
estava em meu quintal, sentada, meditando nas coisas da vida, e comecei a
observá-lo.
Pirulito caminhava para lá
e para cá, subia muro, descia muro... Certo momento ele parou para tomar um
banho de sol, foi quando me deu vontade de fotografá-lo. Achei engraçado como
um animal cego é muito mais autossufiente que os humanos.
Os homens cegos dependem
de bengalas, um cão-guia, de outros homens para conseguir caminhar, quiçá subir
escadas ou muros. Os mecanismos de sobrevivência dos animais são mais fortes, e
eles sequer têm consciência disto! Os homens por sua vez possuem consciência da
complexidade de seu intelecto, e muitas vezes se deixam privar por questões da
carne.
Nós homens nascemos cegos,
incrédulos, alguns viram religiosos, outros ateus, outros não consideram nem
uma hipótese nem outra, seu ídolo é o mundo; aí vive feito o Pirulito, que
dentro de casa esbarra na minha perna, no pé da mesa... demora a achar a porta,
mas quando acha e sai, no quintal ele se liberta, fora existem menos empecilhos
artificiais que os homens colocaram em seu caminho.
Os homens são campeões em
lançar pedras de tropeços diante dos outros. Nós na incredulidade somos condutores
cegos tentando guiar outro, só que o fim é o abismo (Mateus 15:14). Mas aprendi, bem como o Pirulito, que fora do arraial está algo precioso: Jesus “para santificar
o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta”. “Saiamos, pois, a ele
fora do arraial, levando o seu vitupério”.
Dentro de casa (arraial)
Pirulito é efetivamente um cego, deslocado, humilhado por outros gatos ditos
saudáveis, tadinho ele apanha até da gatinha mais nova (neófita)! Fora ele se
renova, tem pleno controle de suas habilidades motoras, e anda calma e
silenciosamente como tendo controle de si. Não mia por comida, sabe que sempre
a recebe, não fica curioso para saber o que tem de bom na casa (arraial) do
vizinho, o máximo que faz é subir no muro alto e sentir o movimento, a brisa!
Pirulito não espera nada
deste mundo, e tudo que ele precisa ele recebe, tem um cesto para dormir,
comida na hora certa, e a hostilidade dos demais faz parte. Não é uma perfeita
figura de um cristão? Incrédulos somos cegos, sem esperança. Crentes possuímos
vida do alto, e vemos em parte. Dentro do arraial, na confusão atual, no
entanto, acabamos por agir como se ainda fossemos cegos, esbarramos em redor em
todo vento de doutrina estranha. Mas nada como sair disso tudo e sentir a paz
que o mundo não dá, a paz deixada por Cristo Jesus, prometida antes de seu
sacrifício quando anunciou que iria voltar vitorioso.
Porque não temos aqui
cidade permanente, mas buscamos a futura. Pirulito é o mais desprezado dos
gatos, não chega nem na sala de estar, não sobe no sofá, mas isso não importa
para ele. Para nós Cristãos, que valorizamos sobremaneira o nome do Senhor
Jesus Cristo as vantagens do mundo, ainda aquelas que possuem rótulos cristãos,
se não estão de acordo com a Palavra de Deus, a Bíblia, não possui valor nenhum.
To fora!
Não vos deixeis levar em
redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique
com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se
entregaram.
Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.
Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial.
E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.
Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério.
Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.
Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.
Hebreus 13:9-16
Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial.
E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.
Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério.
Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.
Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.
Hebreus 13:9-16
Você tem uma ótima habilidade de fazer analogias e como sempre textos ótimos camila!
ResponderExcluirBeijos sua linda.