Encontros familiares nos
movem fatalmente as histórias do passado, que quase sempre são mórbidas ou tristes;
desilusões, acidentes, tragédias, algumas engraçadas e casos felizes poucos.
Num breve Déjà vu, lembrei-me de minhas expectativas de futuro quando ainda era
uma menina, lá por voltas dos meus quatorze ou quinze anos.
Seria uma solteirona, sem
nunca ter tipo oportunidade de ter um relacionamento sério, sem trabalhar, sem
estudar, teria completado apenas o Ensino Médio que àquela altura já estava bem
próximo de acabar. Moraria sempre com minha mãe, e depois moraria emprestada
com algum irmão.
Triste relato, não? Mas
era verdade, graças a Deus não sou muito boa de previsão, mas tudo corria para
aquele destino, e eu não tinha como imaginar outra coisa, e nem todos a minha
volta. Quando foi que tudo mudou? Quem já sentiu algum tipo de tristeza,
depressão, já vivenciou algum tipo de angústia extrema, sem nenhuma previsão de
luz no final do túnel, certamente já sentiu em consequência uma vontade enorme de morrer.
Esse é o cume do
sofrimento humano. Muitos falam que isso é egoísmo, visto de fora é fácil enfiar
o dedo na cara do próximo e julgá-lo. No entanto, descobri a tempo que nunca
deixaremos a existência! A nossa própria morte não nos salva de toda vaidade e
aflição de espírito.
Um dia Deus, olhando para
toda a aflição humana, todo o pecado que o dominava, vendo toda Sua criação
sujeita a escravidão do pecado e a Satanás o príncipe deste mundo, Deus também
desejou a morte. Na verdade Ele já tinha determinado que o salário do pecado seria
a morte, e ao pai do pecado e seus anjos Ele já tinha preparado o lago de fogo
(Mateus 25:41).
Deus também quis a morte
da carne. E providenciou um sacrifício santo para fazê-lo em lugar de todo
homem pecador. Jesus Cristo, seu Filho: “Nisto
se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito
ao mundo, para que por ele vivamos” (1
João 4:9). É sabido para que Deus enviou Seu filho ao mundo, para morrer na
cruz, para glorificar a Deus consumando a obra que era segundo a vontade do
Criador (Eu glorifiquei-te na terra,
tendo consumado a obra que me deste a fazer - João 17:4), Jesus Cristo,
Senhor nosso, foi eleito o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e assim
todo aquele que nEle crê não será condenado, não precisará sofrer para sempre,
na terra ou fora dela.
Saber todos sabem, como
disse acima é sabido, mas por que nem
todos creem? Quão solene é viver ou desejar morrer sem que tenhamos tão grande
salvação aceita antes da derradeira hora! Deixei no ar uma pergunta no início
que agora posso responder quando tudo mudou? Quando conheci Cristo Jesus, meu
Senhor e Salvador.
Hoje ainda sou solteira,
mas já estudei, conclui vários cursos, trabalho e sou objeto de curiosidade de
quem pouco me viu no passado porque eu não saia de casa! E isso é bem pouco, é
apenas consequência de estar consciente de que não sou mais prisioneira dos
meus medos e pecados. Eu, assim como minha amiga Nina, temia ser crente, hoje
eu sou cristã com muito amor! E é engraçado que hoje é mais comum desejar a
morte do que antes, só que noutro sentido, desejo frequentemente a morte das
obras da carne.
Quando temos a certeza de
que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sabemos que nossas
aflições por mais dolorosas que sejam têm um propósito nEle e para Ele.
Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se
pelo Espírito mortificardes as obras do
corpo, vivereis.
Quando aceitamos essa
verdade podemos nos despedir de quem amamos, se soubermos que esta pessoa já
aceitou o Sacrifício do Cordeiro de Deus, sabemos que um dia a veremos
novamente e que ela na verdade recebeu o gozo de estar com o Senhor antes de
nós, mas em breve estaremos com ambos! Quão urgente é que recebamos essa
verdade!
Não estou falando de
religião, não falo de nada além de Jesus Cristo e sua obra. Religião não salva:
Cristo salva. Conselhos não salvam: Cristo salva. Boas obras não salvam: Cristo
salva. A nossa morte não salva: a morte de Cristo foi para salvar aquele que crer,
e sua ressurreição foi para nos justificar!
Porque a lei do Espírito de vida, em
Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que era impossível à lei,
visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança
da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Romanos 8:2-3
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