domingo, 30 de outubro de 2016

Eu, Você, Dois Filhos e um Dinossauro


Adão, Eva, Caim, Abel... onde estavam os dinossauros? E como a humanidade começou de um único casal?


Se o homem (e o segundo Homem) é o tema da Criação descrita em Gênesis, não era de se esperar que encontrássemos ali a resposta para a existência dos anjos ou dos dinossauros. Os anjos só aparecem na Bíblia quando têm alguma coisa a ver com o homem. Os dinossauros nunca aparecem, pois nada têm a ver com o homem, com este mundo ou o mundo vindouro. O conhecimento deles seria inútil no que diz respeito "à vida e piedade", que é o propósito de Deus em Sua Palavra.

Na sua totalidade, o tema principal que temos diante de nós na Bíblia é Deus tomando o homem na criação, revelando o quanto ele despencou, por causa do pecado, ao ponto de ficar até mesmo abaixo de qualquer outra criatura, para depois Deus o exaltar, em Jesus, acima de todas as criaturas e criar nele algo totalmente novo. É possível até traçar um paralelo entre o Gênesis e Romanos para entender a velha e a nova Criação. A Bíblia continuará desvendando os planos e propósitos que têm sua origem no céu, enquanto cientistas e estudiosos continuarão tentando desvendar o que acontece na Terra.



Embora a primeira impressão que se tem é que Sete tenha sido o terceiro filho de Adão e Eva, não podemos afirmar isto com certeza, pois a Palavra de Deus geralmente assinala apenas o nome daqueles que têm alguma importância no contexto ou de quem viria uma genealogia. É comum também se omitir o nome das filhas. O fato de, por exemplo, não encontrarmos os nomes dos descendentes dos bisnetos de Caim não significa que não tenham existido. Simplesmente não são citados, pois nada tinham a ver com o relato divino.

Porém, supondo que Adão não tenha tido filhos além de Caim e Abel, depois de haver gerado Sete, Adão viveu mais oitocentos anos e "gerou filhos e filhas". Quantos? Não nos é mostrado, mas você pode imaginar. Se um casal brasileiro consegue gerar uma média de 4 filhos, vivendo uma média de 60 anos, o que não faria durante 800 anos, em condições de saúde muito menos prejudicadas pelo pecado do que a que vemos em nossos dias! Junte‑se a isto os filhos de sua descendência e você chegará a números enormes.

Creio que se Caim viveu uns oitocentos anos (que era a média da época), quando estava com uns trezentos anos já podia escolher, entre um bom número de irmãs (Adão e Eva tiveram filhos e filhas) e milhares de sobrinhas e parentes distantes, uma esposa para si. E não somente isto, como também já podia construir uma cidade para abrigar tanta gente, como realmente o fez no capítulo 4.17. Não faria sentido construir uma cidade se não existisse já uma população para ela. Já li um cálculo que foi feito da população da Terra na época do dilúvio, que aconteceu cerca de 1700 anos após a Criação, e é fantástico o número de pessoas que poderiam estar habitando a Terra.

Autor: Mario Persona

domingo, 16 de outubro de 2016

Juventude e Fé




Quero falar de uma coisa, parafraseando Milton Nascimento, duas aliás, que dão título a esse post, pois ainda me considero jovem e de fé, embora tudo a minha volta e meu relógio biológico esteja dedicado a me lembrar de que falta pouco para eu sair da fase jovial. E o que isso significa?

Do ponto de vista natural, da carne ou velha natureza, significa um pouco de perda de vigor físico, fragilidade, para as mulheres redução da fertilidade e por aí vai. Do ponto de vista espiritual não significa nada, o que são alguns anos a mais diante da eternidade?

É complicado conviver com um organismo que dita uma regra diferente da do meu espírito, se é que eu posso chamar de regra no meu espírito. São escolhas racionais diante de uma visão do que é agradável a Deus. Sim a Bíblia diz o que é agradável a Deus, e só o espírito convertido entende o que o Espírito de Deus quer dizer. E sabendo que eu não tive nenhuma participação na minha conversão, foi pura graça, fica fácil afirmar isso sem me sentir pretensiosa.

Também não me sinto agredindo aqueles que ainda não creem na mesma salvação, por que sei que a mesma graça que me acolheu é grande o suficiente para acolher todo mundo que se achegar a Cristo. E eles também conhecerão o que eu tenho conhecido.

É muito sem sentido para mim hoje fazer as coisas por puro prazer, sem nenhum propósito, ou mesmo que aos olhos do mundo seja algo estável e sólido, minha visão aqui será sempre curta em relação ao ponto de vista de Deus. Se para mim está tudo bem e na Palavra de Deus está dizendo que não, quem está certo? Obvio que não sou eu.

Mesmo às vezes não entendendo os motivos, o Espírito de Deus que habita em mim me convence e não me deixa desconfortável com a escolha. Na verdade o desconforto existe enquanto perco meu tempo com as batalhas da natureza, que fica igual ao coelho branco de Alice no País das Maravilhas com um relógio na mão gritando “estou atrasado”. O mundo vem e apresenta um casório do tipo “agora ou nunca”, ou coloca ao lado um príncipe moderno com a genética privilegiada para nenhuma carola de trinta botar defeito, aquecendo o caldeirão de hormônios e com o grito da torcida: agora vai!

Nos bastidores tem uma legião de anjos assistindo os planos de Deus na vida de cada cristão, o que realmente importa nesse mundo. Não preciso perguntar qual a plateia mais importante. 
Meu amor não é remédio para nada. Se o noivo não estava adequado aos planos de Deus, e se o príncipe que apareceu um tempo depois nem reconhecia a existência do mesmo, o ideal é aguardar que algo melhor em Cristo está por vir, o que pode ou não ser futuramente com o próprio noivo ou com o príncipe, que podem ser tocados pela mesma graça que me mantém. 

Tudo que eu vier a perder de frescor e beleza nem se compara ao corpo incorruptível que o meu Salvador me dará quanto voltar ou quando eu for até ele após a minha morte.


Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. 1 Timóteo 4:12

Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. 2 Timóteo 2:22

Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.
E, se Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?
 Lucas 12:27-28

Bando de Louco





Realmente não consegui ainda decidir o que é pior nesse mundo, ser jovem ou estar prestes a deixar a idade que o mundo ainda considera como juventude. Somos expostos a todo tipo de comportamentos e produtos que a mídia, os pais, os colegas da escola, de trabalho e uma centena de outros canais de estímulos julgam ser adequados e necessários para cada idade.

Poderia questionar a idoneidade de todos esses canais, mas a questão é outra. Quando um comportamento é conduzido com base na fé, aí entra o censo crítico de todas as outras vertentes questionando e tentando nos convencer de que estamos errados. É natural, mesmo porque um jovem de fé parece um extraterrestre, um louco.

Já disse e repito que também já achei os cristãos um bando de louco, e hoje tendo a mesma fé reconheço que muito que eu via era teatro, encenação, mas não o que eu ouvia. Era essa Palavra que quanto mais eu ouvia, mais buscava entender (sem conseguir), mais ardia dentro de mim e me humilhava. O que aquele doido quis dizer com aceitar Jesus? Eu vou para o inferno por ter feito isso e aquilo errado? Mas fulano fez mais coisas erradas que eu, talvez se eu for a uma igreja pagar penitência meus problemas serão resolvidos! Minha doença é castigo de Deus?

Essa Palavra de Deus, como tal, tinha um poder de superar a deficiência do pregador e do ouvinte, com seus preconceitos e vícios do velho homem. Conseguia ouvir um padre carismático na TV, livros de origem duvidosa, que não recomendo, e um monte de crentes bem intencionados que eu olhava torto, e acima de toda resistência Deus me dizia que eu estava fazendo as perguntas erradas.

Toda dúvida girava em torno do que eu precisava fazer ou deixar de fazer para resolver minha questão com Deus. Nascemos sentindo no mais íntimo que as coisas não podem acabar aqui, morreu já era, não é digno de uma criação tão sublime. E se não acaba aqui qual será o nosso fim? Que seja o melhor, certo? Deus o que eu preciso fazer para pagar meus pecados? – Morrer. Era a resposta de Deus!

Como juiz Deus estabeleceu que todo pecador deveria receber a pena capital. Sendo assim, quem aceitaria essa pena? Deus precisava cumprir com sua justiça, mas não nos deixaria sem sua misericórdia, e então providenciou um substituto santo e imaculado, que seria o único capaz de executar tal obra para sua própria glória, Jesus Cristo Seu Filho. Ele morreu para tirar o pecado do mundo e salvar todo aquele que cresse. Eu acredito que Cristo morreu por meus pecados, todos eles, então o salário do meu já foi pago, no seu corpo sem pecado, e Deus o ressuscitou mostrando a todos nós a aceitação do sacrifício do Cordeiro.

É indizível o alívio que isso dá, crer que alguém pela misericórdia de Deus pagou a pena no meu lugar, e que o sangue derramado desse Cordeiro Santo é suficiente para diante de Deus limpar todo aquele que se achega humildemente a Ele e se reconhece pecador, não por cometer esse ou aquele pecado específico, o mais puritano indivíduo nesse mundo é pecador, por estar na condição do corpo, mas o espírito pode ser salvo hoje e o corpo regenerado pela graça, lá naquele capítulo porvir que todos sentimos existir, e que um dia o próprio Senhor Jesus, primeiro feito homem a estar lá, vai voltar para nos levar.


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